De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), nesta segunda-feira (22), o Brasil este ano teve 2.203 casos de conflitos no campo, onde 14 indígenas foram assassinados. A CPT, ligada à igreja católica, organiza publicações anuais sobre conflitos no campo desde 1985.
A CPT contabiliza casos registrados como ações de resistência, enfrentamento e disputas que envolvem luta por terra, água, direitos e pelos meios de trabalho ou produção, sendo que terra (71,8% dos casos), água (11,4%), trabalho (10,4%), resistência (6,3%).
Segundo o relatório, os principais motivos de conflitos foram: Invasão das propriedades (com 359 casos registrados), pistolagem (264) e destruição de pertences (101).
Ocorreram em 2023, 14 mortes de indígenas, representando 45,17% dos casos, 9 assassinatos de trabalhadores sem-terra, 4 posseiros, 3 quilombolas e 1 funcionário público.
O Norte é a região com mais casos de disputas, representando 35% das ocorrências, seguida do Nordeste, com 32%. O relatório da Comissão Pastoral da Terrade de 2023, também faz um levantamento do trabalho escravo rural, que revela 2.663 pessoas libertadas, em 251 casos fiscalizados e denunciados.