Os drones agrícolas levaram a agricultura a um novo patamar, os Vants (ou veículos autônomos não tripulados), como também são chamados, ganharam destaque especial na pulverização agrícola, destacando-se pela praticidade, economia, maior precisão e sustentabilidade. O maior drone agrícola até então era o Ag Cormorant Tactical Robotics de Israel com peso máximo T.O. de 500 kg, no entanto, agora foi ultrapassado por um projeto brasileiro da startup aeroespacial “Psyche Aerospace”, com sede em São José dos Campos, interior de São Paulo, com o sesenvolvimento do Harpia P-71, o protótipo da empresa.
Em 6 de março foi realizado o primeiro voo oficial do Harpia P-71, que possui autonomia de mais de 10 horas de voo e peso máximo T.O. de 720 Kg, ultrapassando o israelense, e destacando-se como o maior drone agrícola do mundo.
Novos testes em campo estão sendo colocados em prática para aprimorar as versões já desenvolvidas e consolidar o protótipo antes da sua fase de manufatura em escala. Esta é a sexta versão de um protótipo, que já foi incubada num dos maiores hubs aeroespaciais do mundo, o Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos.
Hoje, a startup conta com uma fábrica de 2 mil metros quadrados na zona sul da mesma cidade.
O uso de drones na agricultura economiza tempo e recursos significativos, reduzindo a necessidade de mão-de-obra e de equipamentos pesados, além de otimizar o uso de água, fertilizantes e pesticidas.
Ao permitir a aplicação mais precisa de insumos agrícolas, os drones ajudam a reduzir o uso excessivo de produtos químicos e minimizam o impacto ambiental da agricultura. No geral, os drones agrícolas oferecem uma série de benefícios que melhoram a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade das operações agrícolas.
Os drones agrícolas também podem ser equipados com câmeras e sensores que permitem aos agricultores monitorar suas culturas de forma eficiente e precisa. Isso inclui a detecção de doenças, pragas, estresse hídrico e outros problemas de crescimento.
Os drones podem coletar dados topográficos e criar mapas detalhados do terreno, ajudando os agricultores a planejar o uso eficiente do solo, a irrigação e o plantio. Os dados também podem ser analisados para fornecer insights valiosos e informar decisões agrícolas, como planejamento de safra, gerenciamento de riscos e adoção de práticas de agricultura de precisão.
Segundo o pesquisador da Unesp, Vicente Cornago, o Brasil já aperece em quarto lugar no mundo em número de drones, corroborando com a estimativa do Sindicato Nacional de Aviação Agrícola (Sindag), indicando a estimativa de 10 mil drones em operação na agricultura brasileira.
O Harpia P-71 vem trazer ao Brasil um destaque mundial na tecnologia de drones agrícolas, que juntamente com outras importantes empresas brasileiras fabricantes de drones agrícolas, SkyDrones, Arpac, GTEEX, Agro Aviation, ARYS, etc, transformam o Brasil no grande celeiro agrícola do mundo.